terça-feira, 30 de julho de 2013

aurora gênia


nunca vi uma criança tão inteligente e hábil. quando a boneca preferida se cala, ela pega um brinquedo barulhento, vira e aponta pra caixa de pilhas.

sobe sozinha no sofá, escala as laterais e surfa no encosto. na escola, foge da sala, senta na biblioteca e aponta para seu livro preferido: os animais da floresta. o livro é maior do que ela e tem pedaços com texturas, de pelúcia e veludo.

faz carinho na mana, degustação de chupetas e fala não - balançando a cabeça - o tempo todo, pra quase tudo. pra comida, é sempre sim, boquinha aberta.

falou em banho, sai tirando a roupa. está na fase da formiguinha carregadeira. pega uma caixinha de obs e deixa um em cada cômodo. faz o mesmo com os sachês de sabão da máquina de lavar louça.

quando desce pra brincar está sempre carregada de coisas. nas costas, uma mochilinha de plástico com panelinhas e nas mãos, sua jabulanizinha, bola com a qual a pequena tem grande intimidade. na quadra, adora jogar com os guris de dez anos. às vezes, lembra-se que é apenas uma bebezinha e dá a mão pra um deles.