A vida seguia naquela loucura! Sempre foi assim.
Lembro de estar terminando o colégio e parar com o Manual do
Candidato ao vestibular da UFRGS na mão. Comecei a ler as opções de cursos
e riscar aquelas inviáveis.
Não posso ver sangue. Descartei medicina, veterinária e
enfermagem. Odeio matemática, física e química.
E lá se foram as engenharias, ciências econômicas, computação e coisas
do gênero. No final, restaram: Direito, Comunicação Social e Educação Física. A
última opção foi descartada logo que fui visitar a sala de anatomia, onde
algumas cadeiras da faculdade seriam realizadas. Vi aquele corpo na maca, o
cheiro forte de formol, tudo foi ficando preto e acordei em uma sala certa de
que eu não teria capacidade de concluir o curso de educação física.
Com o Direito foi diferente. Fui fazer um
"estágio" com os meus pais que trabalham na justiça. No final da
primeira semana, algumas Varas começaram a ligar perguntando sobre os
processos. Minha mãe não entendeu, pois
eu já havia entregue... Sim entreguei. No cartório errado. Troquei tudo. Aquele
monte de patricinhas me deixava louca. Homens de sapato me davam nos
nervos. Eu jamais conseguiria me
fantasiar daquela forma.
Eu tinha uns 14 anos quando comecei a colocar som na SAAS.
Sociedade dos Amigos do Arroio do Sal. Botava som no verão, quando o Eduardo
Santos, que era o DJ oficial não podia tocar. Eu tinha autorização do meu pai e do juizado
para entrar na festa que começava às 00hs!
Passei no vestibular de Publicidade e Propaganda na PUCRS.
Era o mais concorrido dos três cursos da Comunicação e essa seria a única
maneira de trocar de curso, sem encarar o vestibular, caso não gostasse do curso e resolvesse trocar por
outro.
Nessa época eu ja estava fazendo estágio na Rádio Ipanema Fm
(do Grupo Bandeirantes), em seguida entrei para a TVE.
Fui para a Rádio Pop Rock e logo comecei a fazer freela na RBSTV.
Tive que trocar para o Jornalismo, em
função da TV.
Os anos foram passando e fui deixando a vida me levar. A
única coisa que era certa é que eu não poderia ser mãe. Isso já estava
superado. Fiquei sabendo ainda adolescente. Minha menstruação vinha de 3 em 3 meses (quando vinha). Por
isso eu tomava pílula.
Se eu tinha algum trauma por não poder ser mãe? Nenhum. Não
conseguia me imaginar cuidando de uma criança. Nunca consegui. Podia ser até
por uma defesa. Mas eu sempre curti minha
liberdade e minha “insanidade”.
O Everton eu conheci na rua. Ele estava com um amigo meu. Eu
não prestava mais atenção em nenhuma palavra que o Róbson falava. Só ficava
olhando para o Everton e pensando: é o homem
da minha vida. E era. Em 3 meses a gente estava casado. Em 2 anos e meio
eu estava grávida. Grávida? Eu? Grávida? Sim.
Meu nome é Flávia. Descobri que estava grávida aos 30 anos.
Foi o maior choque da minha vida. Foi nesse dia que tudo começou!
QUEM SOU EU?
hehehhehehehe
Flávia Murr Jornalista, Publicitária, Radialista, Mãe do
Matheus Nassif de 5 anos, dona de casa e Loka! Nas últimas semanas deixei de
ser dona de casa pq voltei para a casa da minha mãe!!! Tenho 35 anos e estou na
pista! Estou muuuito feliz assim. Já casei nessa encarnação e agora quero ser
feliz. Nada de namoridos, maridos ou encostos!
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