Aqui “na gringa” as festinhas de
aniversário são tão abundantes quanto no Brasil. Todo mundo que tem crianças em
idade escolar vive seus finais de semana transportando os rebentos de uma festa
para a outra, e dando graças a deus pelas duas ou três horas de babysitting
grátis para aproveitar e fazer algo de útil/de adulto/dormir. Mas a quantidade
de festas de aniversário que seu filho vai frequentar meio que depende, doa a
quem doer, da popularidade dele.
Socialmente é aceitável não convidar todas
as crianças da classe para as festinhas. Normalmente eles escolhem oito ou dez
amiguinhos mais chegados e ficam sobrando uns cinco ou seis coitadinhos nerds
impopulares que não são convidados. Também acontece muitíssimo, a partir dos
sete ou oito anos, de meninos só convidarem meninos e meninas só quererem
meninas. Às vezes convidam a todos, quando a pessoa é muito bem educada, tem
bastante dinheiro ou está de bom humor, mas é raro.
As modalidades de festa também variam. No
Brasil existem muitos buffets, aquelas festas enormes que não são apenas para
as crianças como também para os pais, com salgadinhos, bebidas e até almoço.
Uma delícia, mas às vezes os pais gastam mais nessas festinhas do que o que se
gasta num casamento né? Aqui o esquema muda um pouco.
As festas são estritamente para as
crianças, com raríssimas exceções. Devem incluir obrigatoriamente um tema e uma
atividade, e o local depende disso. Então tem festa no boliche, festa na
piscina, festa no paintball, festa no cinema, festa no show (como já contei do
Pe), festa no lugar de pintar prato, festa no arborismo, festa de picnic no parque. Também tem a
festa no salão alugado na igreja, festa no jardim de casa, e, por fim, festa no
“brinquedão”, que seria o que mais se aproxima de um buffet infantil brasileiro:
um lugar público que conta com um daqueles labirintos altíssimos e apavorantes,
coloridos, com redes, piscina de bolinha, tuneis, escorregadores, passarelas,
etc - quem tem criança sabe o que é.
Já organizei e levei meu filho/frequentei
muitas festinhas nos últimos 13 anos. E agora vou começar TU-DO de novo. Estou
organizando a festa de três aninhos da minha petita. Vai ser no Little Gym.
Essa Little Gym é um lugar meio bizarro
para quem vem do Brasil. É tipo uma academia para bebês e criancinhas, cheia de
colchões coloridos, um tatame e uns equipamentos que lembram vagamente aqueles
de ginástica olímpica, com trampolins, barras, redes para subir e descer e
exercitar aquelas perninhas gordinhas e fofinhas. Estive lá uma vez para uma
aulinha experimental quando cheguei em Lux, e gostei, mas acabei não
frequentando por falta de organização, digo, tempo.
Contatei o lugar e a festinha vai ser para
quinze crianças, que é o mínimo (nem conheço tanta gente com filho dessa idade,
mas tudo bem). Eles oferecem acho que o bolo, uns refrescos, as brincadeiras, e dura duas
horas. Tenho que ver direito o que está incluso no pacote, que não entendi bem o que a mocinha me explicou no telefone. Só sei que se eu quiser
comidinhas para os pais tenho que levar, e bebidas e pratos também. Um saco,
mas faz parte, é difícil achar um lugar que a) ofereça tudo, b) tenha espaço
na data que eu queira, e c) não custe absurdamente caro. Mas mesmo com esse pequeno inconveniente acho que vai ser bem legal, no dia dez do seis.
E agora toca correr atrás de coxinha e
empadinha, porque né, festinha sem salgadinho, na minha concepção, não é festa! Sorte que aqui encontrei uma mulher que faz a MELHOR coxinha -
empadinha do mundo, melhor que qualquer similar brasileiro, juro por deus.
Hum... não vejo a hora!
Hum... não vejo a hora!
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