segunda-feira, 10 de setembro de 2012

O corte de cabelo da Anita


por Ana Emília Cardoso

Lá vou eu falar de cabelo novamente. Não, não sou obcecada, mas lê só o que me aconteceu. Na semana passada, a Anita me pediu pra podar as madeixas. Como o salão (os institutos com dizem as senhoras finas da cidade) de pequenos vive fechado, marquei hora no meu mesmo, afinal ela já uma mocinha de 7 anos que faz as unhas quase que semanalmente lá, com pelicas e caviares. Ou seja, já é habitué.

Chegamos cedo, eu cumprimentei a cabeleireira, chamei a Anita pra conversar com ela e fiquei de papo com as manicures. Eu sou esse tipinho de gente que fica fazendo gracinha com todo mundo no salão. Quando voltei pra saber o que elas tinham decidido sobre o cabelo, a Priscila (não lembro direito o nome dela) me perguntou se eu não queria fazer UMAS MECHAS no cabelo da Anita, disse que tinha um DESCOLORANTE para CRIANÇAS.

Gente do céu, eu quase desmaiei. Achei aquilo um absurdo. Imagina um garotinha de SETE anos, com os cabelos castanhos mais brilhantes e macios do MUNDO, e a mulher, com cabelos com características capilares exatamente opostas às da minha filha, querendo INTOXICAR e PINTAR o cabelo da minha fofinha!

Só não montei num porco, porque não é de meu feitio. Passei um sermãozinho light na cabeleireira e deixei ela cortar o cabelo chanel (se não ía rolar uma choradeira, além da frustração de não poder pintar). A lição que ficou pra mim foi a seguinte: lugar de criança cortar o cabelo é o cabeleireiro infantil mesmo. Ou a própria casa... estou fazendo várias podas no cabelo da Aurora. Nada muito radical, mas tirei o moicano, aparei os cabelos isolados que crescem por cima das orelhas e tirei as pontas escuras do cabelos bicolores. Não é que a danadinha tá ficando com os cabelinhos cor de fogo?

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