segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Dom precoce


A Aurora completa 7 meses nesta semana e se eu fosse palpitar sobre possível inclinação profissional, diria que será dentista. Desde que começou a tomar mamadeira, e isso data de um mês, ela enfia seus dedinhos na minha boca enquanto mama.

No começo eram só coceguinhas, agora ela raspa meus dentes, retira placas, tártaro, enfia as unhas nas gengivas e faz doer como um tratamento de canal. Que figura.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Comidinhas!

Há duas semanas tenho dado frutas pra Aurora. Quarta-feira ela completa 6 meses, o que significa que poderá comer papinhas. Por isso, tirei da gaveta um projeto antigo.

Se é pra cozinhar, que seja com glamour. Eu não gosto de coisa mais ou menos.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Mãe, não me compare!


No auge dos seus sete meses, João não para mais em lugar nenhum. Por mais brinquedos diferentes que eu coloque à sua frente, ele insiste em sair do confortável canto que eu criei na sala pra ele.

Há poucos dias atrás ele começou a engatinhar e há três dias já sobe e fica de pé em todo lugar que encontre apoio. Domingo, abaixamos o estrado do berço dele e subimos a grade para uma posição mais segura. As grades já foram colocadas na escada novamente.

Como os filhos são diferentes. A Duda começou a engatinhar com 11 meses; o João com sete. Ela sempre acorda com pouco ou nada de humor; ele acorda sempre sorrindo e feliz. Ela só foi dormir a noite toda com dois anos; ele já dorme até às 6hs da manhã direto, com raras chamadinhas rápidas que são resolvidas somente com o bico. João deu baile já na primeira noite na maternidade. Maria dormiu a noite toda. Maria nunca deixou escorrer uma baba se quer de sua boca; já o João é o maior babão.

Com tantas diferenças entre irmãos de sangue e que convivem nas mesmas condições, só posso reafirmar a tese que cada bebê adquire suas habilidades dentro do seu tempo, não podemos ficar ansiosos comparando nosso filho com o do vizinho. Temos sim, que oferecer um ambiente propício para que ele se desenvolva corretamente e que o estimule a avançar e crescer de forma saudável e segura.

Outra novidade, também desta última semana foi que João começou a balbuciar palavrinhas do tipo, baba, tata, mama, nana... Coisa mais fofa, querendo falar.

E, apesar de já engatinhar, se levantar, comer feijão com arroz, carne, cacetinho e outras várias coisas, ele ainda não criou nenhum dentinho.

Se, sem dente nenhum ele já come tudo isso, imagina o que ele não vai fazer quando tiver dois dentes como aliado.

 

 O chão duro da sala é muito mais interessante.

 Meu guri aventureito.
 

domingo, 14 de outubro de 2012

A difícil arte de ensinar a dar valor

Dia 10 de outubro foi o quarto aniversário da Maria Eduarda, só então pude perceber que estou no caminho errado quando o assunto é ´´ensinar a dar valor``. Acho que essa parte da educação talvez seja uma das mais difíceis, principalmente, quando nós pais temos condições de bancar os sonhos de consumo dos nossos filhos.

Não que eu tenha condições de dar tudo o que a Maria quer, mas ela ganha muito mais do que deveria receber. 

No último aniversário, Maria recebeu muitos presentes, tantos que nem abriu todos ainda. Mas não abriu por falta de tempo, foi total desinteresse mesmo.

Antigamente (mas não tão antigo assim, até porque ela só tem quatro anos) ela brincava pelo menos dois dias com o brinquedo novo e depois jogava num canto. Dessa vez, nem uma brincadinha com cada um deles ela deu. Nem os brinquedos do Toy Story se sentiram tão rejeitados quanto os da Duda.

É certo que isso é devido ao fato de ela ganhar presentes quase sempre que pede; por outro lado, ela nunca foi de dar valor a bens materiais, sempre gostou das coisas mais simples e básicas possíveis. Agora que ela começou a se interessar por vestidos, até então sua roupa preferida era uma bermuda jeans e uma camiseta.

Por sinal, de tudo o que ela ganhou, o que ela mais gostou foram as roupas, pena que a grande maioria foi brinquedo mesmo. Quando eu era criança, roupa era tudo o que eu não queria ganhar de aniversário.

Os tempos são outros, na nossa época abrir os presentes era o máximo da felicidade. Hoje, estar com os coleguinhas e se divertir até cansar nessas casas de festa, que oferecem toda uma estrutura voltada para a diversão, é muito mais esperado do que qualquer coisa.

A Duda só queria saber que dia seria a sua festa; como seria o tema; se todos os coleguinhas iriam comparecer; se podia convidar todas as prof´s; se teria cama elástica e, etc.

E depois, que chegou em casa e abriu alguns pacotes, sentou no sofá, em frente à todos aqueles brinquedos novos e intactos, pegou seu caderno velho, um lápis e foi desenhar. Eu e o Alexandre nos olhamos pasmos, acho que nós pais temos muito que aprender com nossos filhos.


Maria, me surpreendeu esse ano, pedindo que a festa dela fosse da Angelina Balerina

 Há pouco tempo atrás ela não queria nem vestir a roupa de balé na escolinha, fazia a aula de uniforme mesmo
A minha amiga Dani, com a Alinhavando Sonhos fez a decoração que foi criada exclusivamente para a Maria.
 Além da Angelina, elas fizeram a Alice, sua melhor amiga.
 Os cupcakes eram da Misses Cupcakes, super recomendo, nunca comi nada igual!
 Nossa princesa era só alegria na sua festinha.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Será que eu arrumo uma babá?

por Ana Emília Cardoso

A vida segue, as crianças crescem e eu não consigo ficar parada. Na semana que vem tenho três (até agora) reuniões de trabalho (uma em Novo Hamburgo) e eu fico quebrando a cabeça. Claro que se trabalhasse numa empresa normal, não fosse autônoma, a Aurora já estaria na creche o dia todo, mas - gente - ela é tão tão baby, nunca tomou nem água!

Aliás, eu tentei dar suco, mas não rolou. Ela detestou. Abortei a missão por um tempo. Ontem tomou várias vacinas e nem o Alivium, que ela curtia, não vai mais. Tá traumatizada de tanta tentativa de suco!

Eu mudei a Anita de escola, para uma bilíngue. Lá, na escola nova, tem uma educação infantil ma-ra-vi-lho-sa. Mas, só depois dos 2 anos. Entonces, o que eu façooooooooooooooo?????

Tenho todo um discursinho contra babá, especialmente quando a mãe trabalha em casa, mas eu simplesmente não consigo fazer tudo com ela. Olha que até na aula de pilates comigo ela foi na terça, mas tudo-tudo-tudo não dá.

Visitei algumas escolinhas esta semana. Além de caríssimas, ela só pode ir depois de um ano. O que eu faço até lá? Tive uma experiência horrível com uma babá que eu contratei quando ela nasceu, mas acho que preciso pensar num plano B. Porque vó por perto que é bom, necatipibiriba.

domingo, 23 de setembro de 2012

Volta às aulas - talvez um pouquinho atrasado :-)

Quando é verão na Europa (do Norte, onde eu moro), a gente fica desesperado, mas adora. Dá pra sair de férias, ver o mar, o sol às vezes, curtir uma temperatura acima dos 10 graus.... Mas porque o verão é um acontecimento raro, as férias são muito longas, indo do final de junho ao final de agosto. Pra quem trabalha é um problema: o que fazer com os filhos em casa?

Meu problema de ter filho em casa nas longas férias sempre foi resolvido de uma maneira conveniente: o Pe ia todo julho para a casa do pai, por um mês. Depois que a Alexia nasceu, tivemos o primeiro ano com a Babá Isa em casa (eu já de volta ao trabalho), e depois aqui em Lux ela ficava na creche, que só fecha umas duas semaninhas por ano. Com isso, eu sempre pude trabalhar sem problemas e, quando decidia viajar para algum lugar, levava um dos dois - ou os dois - comigo, e pronto.

Mas agora tudo mudou (eu adoro mudanças e a minha vida é cheia delas, mas eu vou ficando mais velha e perdendo minha capacidade de me adaptar a elas  - vocês também?). Bem, o que acontece é que agora a A. começou a escola de verdade.... E com isso um monte de problemas de logística e tempo.

Tudo começou há três semanas, quando ela foi para a adaptação. Saída da creche, ela encontrou um ambiente totalmente novo, numa escola beeeem maior (é a mesma do Pe e vai até o ultimo ano da high school). A classe tem 18 alunos e 3 professores. Na primeira semana a escola só foi até o meio-dia, o que me criou um problemão: como ir busca-la? Já usei todas as minhas férias do ano, e justo naquela semana tive que viajar a trabalho por dois dias. Meu marido também não podia ficar saindo todo meio-dia... Então a solução encontrada foi escalar todas as minhas amigas para busca-la na escola e ficar com ela até as 15hs, quando a minha babá chega em casa. Pobrezinha! Primeira semana na escola e a coitadinha nunca sabia que rosto iria espera-la na saída. Juro que foi super traumático (mais pra mim do que pra ela, suspeito).

Na semana seguinte a escola voltou ao horário normal, das 8:20 as 15:20. Só que as quartas-feiras a escola acaba às 12:20, e nisso eu tive que inscreve-la para o "after school care". Tem uma mulher que fica cuidando das crianças na escola mesmo, elas brincam, comem o almoço (que eu tenho que mandar na lancheira, de casa, e na primeira semana esqueci, e foi um deus nos acuda) e esperam até o horário que os pais definirem. No meu caso até as 15:20, porque aí a babá vai busca-la, e traz ela e o Pe para casa.

Até aí tudo bem, se não fosse outro problema. Entre agora até o final de junho 2013 - quando entra em férias de novo - a escola terá 35 dias sem aula!!! Isso porque na Europa as escolas funcionam por trimestre. No meio e no final de cada trimestre as crianças tem uma semaninha de férias, e mais duas semanas na época do Natal e da Páscoa. É muito complicado. Se vc trabalha, como é que consegue tirar 37 dias de férias mais 60 dias no verão para ficar com seus filhos em casa? E se vc não tem avós por perto, como faz? Juro, é um inferno de complicado. Quem sofre? A carreira da mãe, né? Se vc não trabalha todos os seus problemas estão resolvidos nesse aspecto.

Existem soluções, como clubinhos de verão/esporte, pagar uma babá, despachar para os avós, etc. Eu ainda estou vendo qual será a minha saída para os 97 (!!!) dias de ferias da A. Com o Pe não há problema: aos 13, quase 14, ele pode ficar sozinho em casa na boa (e normalmente eu o mando para clubinhos de esportes), mas com a pequenina eu tenho um desafio absurdo para resolver ao longo desse ano. Depois conto para vocês a solução.

E boa volta às aulas!!


sábado, 22 de setembro de 2012

Não chora mamãe, é só o desmame

O dia ´´D`` chegou, o dia derradeiro, o dia do desmame. Sexta-feira, dia 21 de setembro, início da primavera, foi o último dia que o João mamou. Sábado, o dia todo tentei amamentá-lo, sem sucesso. Minha última cartada seria à noite. Ele acordou à meia noite e ofereci o peito como de costume, mas ele chorava e se jogava para trás, sinalizando que não queria mesmo.

Meu marido até duvidou, ´´deixa eu ver Cris``, ´´tenta de novo, vai tenta...``Até que me vi esfregando os peitos na cara do João, isso não tá certo! Nos convencemos de que não tinha mais jeito.

Mas nada de drama; só uma constatação. Não há porque dramatizar. Claro, que dá um pouquinho de tristeza pela rejeição, mas é uma coisa natural. Também estava preparada, pois há uma semana que ele só mamava à noite, entre uma acordada e outra durante a madrugada, pois quando estava acordado e bem consciente de suas vontades, já vinha demonstrando desinteresse.

Foi assim, em uma semana, tudo mudou.

Mas nem por isso, hoje é dia de tristeza. Afinal, foi ele quem tomou a decisão de parar; é bem mais difícil pra mãe ter que dizer, ´´hoje chega!``

Por isso hoje, também é dia de alegria, de bebemorar, de dizer ´´eu estou livre!``, de dar adeus aos sutiãs de amamentação, de voltar a usar a blusa que mais combina com o meu estilo e não a mais fácil de abrir para amamentar.

Hoje é dia de dizer ´´MISSÃO CUMPRIDA``, eu fiz a minha parte, e estou feliz por ter tido o prazer de amamentar meus dois filhos, um mais, outro menos; respeitando o tempo de cada um. Agora é bola pra frente!

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Quando o bebê só quer dormir de bruços

João agora só quer saber de dormir de bruços. Mês passado, na consulta com a pediatra, comentei sobre essa preferência que o João tem desde o 5º mês de vida, e ela me alertou que eu deveria desvirá-lo sempre que visse, principalmente porque naquela época ele ainda não conseguia se desvirar sozinho. Mas isso é coisa do passado.
Hoje, João vira e desvira com muita facilidade. Mas até que eles aprendam a se desvirar sozinhos, temos que seguir a recomendação dos pediatras que é dormir de barriga para cima, para evitar sufocamentos.
Antes de ele aprender a se desvirar, já tinha tirado os protetores de berço, que também não são recomendados pelo mesmo motivo. Notei que, várias vezes durante a madrugada, ele acabou acordando por tentar se virar ou desvirar, mas era impedido pelo protetor de berço. Peguei também ele algumas vezes com a cara enterrada num deles.
Protetores de berço são muito lindinhos, deixam a cama do bebê com outra cara. No meu caso não abri mão de ter protetores, usei com a Maria Eduarda e com o João, nos dois casos só parei de usar quando eles começaram a se mexer e rolar pela cama. Não só pelo fato de ser perigoso, mas também porque dá mais mobilidade nas piruetas noturnas. O João começou a dormir muito melhor depois que seu berço ficou mais amplo e seguro. Pode dar seus giros e rolar à vontade, seu sono só é interrompido quando está com fome mesmo, e não mais por estar brigando com algum protetor de berço.
Agora os protetores de berço vão ter outra utilidade, formar barreiras para o João não se machucar com as mini quedas quando está sentado. Ele já senta e fica apoiado sozinho, mas quando tenta pegar algum brinquedo ou objeto mais longe do seu alcance; cai, pois não adquiriu equilíbrio suficiente. Mas ele já começou a perceber que pode se apoiar com as mãos, ele está tentando, apesar de que também não tem força para aguentar o seu peso.  Essa fase são de muitas descobertas e aprendizados, e o meu gurizinho está encantado com tudo ao seu redor.
Abaixo, a preferência do João.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Máscaras

Por Caroline Bittencourt

 O Lucca, quase completando 11 anos, anda com uma certa obsessão por máscaras. Quer fazer máscaras, comprar máscaras, pesquisar sobre máscaras. E não pense que são máscaras de super-heróis ou coisas engraçadinhas. Não, são máscaras horripilantes. #tenso
 
Não é porque é meu filho, mas é bonito o guri. Carinha de anjo, cachinhos no cabelo, mas volta e meia tenho levado sustos dentro de casa com uma cara de monstro sobre aquele corpinho que eu tanto gosto de apertar.
 
Uma das bandas preferidas dele é o Slipknot, uns caras que tocam rock mega ultra pesado usando (adivinha?!) máscaras. Sente a fofura: 

 Quando tocaram no Rock in Rio no começo deste ano, todo mundo comentando nas redes sociais que pareciam os enviados pelo demo em cima do palco, e o guri lá, curtindo horrores, já conhecia todas as músicas, sabia a biografia de cada um dos membros. Eu mereço!
 
Well, esses dias encontrei uma mochilinha da Adidas, daquelas tipo saco, bem simples, que ele tem há um tempão, com uns furos esquisitos. Primeiro pensei que tivesse rasgado sem querer, mas logo identifiquei olhos, nariz e boca. Pois é, a mochila virou máscara!
 
Um saco pardo que surgiu sei lá de onde, uma cartolina preta comprada por ele na papelaria do colégio e trazida com todo o cuidado pra casa, uma touca ninja ganhada do vô... tudo isso integra o acervo do mascarado.
 
Semana passada ele tinha uma festa à fantasia pra ir. “Mãeeeeee, compra uma máscara?!”. Fui sozinha na loja. Uma parede inteira de carinhas assustadoras:
 
 Ele em casa, mandando os links preferidos encontrados no site da loja http://www.glowfestas.com.br/nova_versao/site/empresa.php) e eu procurando uma por uma. “Não, moça, o diabo que ele quer só tem dois dentes”.
 
No fim das contas, escolheu uma simplesinha, de bandido, coisa básica. Deve ser influência do GTA, o jogo de videogame em que o jogador é um ladrão de carros que mata e estupra. Ufa, pelo menos não foi o demônio em carne, fogo e chifres!
Mascarado lindo da mamãe! <3

terça-feira, 11 de setembro de 2012

O milagre de uma teta só

Estava pensando se escrevia ou não este post, afinal de contas vou confessar que estou com um peitão e outro peitinho. Essa diferença de tamanho é algo passageiro, assim eu espero, é que o João está mamando em um peito somente.
Começou há dois meses quando eu notei que ele gostava de mamar mais de um lado. Eu penso que o peito esquerdo sempre produziu mais leite, sempre observei ele maior, então comecei a oferecer cada vez mais esse peito, até que o direito foi esquecido e abandonado e passou a ser apenas um enfeite para o João olhar enquanto mama o outro.
Mas o milagre da teta só é possível porque ela tem o apoio de duas mamadeiras de 120ml que fazem o complemento para saciar a fome do João e, claro, as papinhas estão ajudando muito também.
Eu que pensei que iria amamenta-lo somente até os seis meses, não penso em parar, com uma tetinha só vou seguir oferecendo os anticorpos e nutrientes que só o leite materno tem. Não me sinto presa amamentando como aconteceu com a Duda, que só queria peito e mamou até 1 ano e alguns dias, ela não gostava de outro leite, tentei todos, até que minha última tentativa foi como leite de soja Ades com sabor. Ela adorou e segue tomando até agora.
Com o João, não houve dificuldade em introduzir outro leite, ele aceita super bem, troquei de marcas pra ver qual ele gostava mais, e hoje, seu complemento é com o Aptamil 2.
Aqui em casa a harmonia impera, João com seu peitão, e o papai com seu peitinho. Tá todo mundo feliz e contente. O Alexandre está se sentindo um pouco prejudicado, mas antes um peitinho na mão do que dois peitões amamentando.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

O corte de cabelo da Anita


por Ana Emília Cardoso

Lá vou eu falar de cabelo novamente. Não, não sou obcecada, mas lê só o que me aconteceu. Na semana passada, a Anita me pediu pra podar as madeixas. Como o salão (os institutos com dizem as senhoras finas da cidade) de pequenos vive fechado, marquei hora no meu mesmo, afinal ela já uma mocinha de 7 anos que faz as unhas quase que semanalmente lá, com pelicas e caviares. Ou seja, já é habitué.

Chegamos cedo, eu cumprimentei a cabeleireira, chamei a Anita pra conversar com ela e fiquei de papo com as manicures. Eu sou esse tipinho de gente que fica fazendo gracinha com todo mundo no salão. Quando voltei pra saber o que elas tinham decidido sobre o cabelo, a Priscila (não lembro direito o nome dela) me perguntou se eu não queria fazer UMAS MECHAS no cabelo da Anita, disse que tinha um DESCOLORANTE para CRIANÇAS.

Gente do céu, eu quase desmaiei. Achei aquilo um absurdo. Imagina um garotinha de SETE anos, com os cabelos castanhos mais brilhantes e macios do MUNDO, e a mulher, com cabelos com características capilares exatamente opostas às da minha filha, querendo INTOXICAR e PINTAR o cabelo da minha fofinha!

Só não montei num porco, porque não é de meu feitio. Passei um sermãozinho light na cabeleireira e deixei ela cortar o cabelo chanel (se não ía rolar uma choradeira, além da frustração de não poder pintar). A lição que ficou pra mim foi a seguinte: lugar de criança cortar o cabelo é o cabeleireiro infantil mesmo. Ou a própria casa... estou fazendo várias podas no cabelo da Aurora. Nada muito radical, mas tirei o moicano, aparei os cabelos isolados que crescem por cima das orelhas e tirei as pontas escuras do cabelos bicolores. Não é que a danadinha tá ficando com os cabelinhos cor de fogo?

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

É de banheira que eles gostam

Falar para a Duda tomar banho de chuveiro é motivo para choradeira certo. Até hoje, ela só toma banho na banheira, foram raras as vezes que ela teve coragem para deixar a água cair do chuveiro direto na sua cabeça. Não sei o porquê, já mudamos a pressão da ducha pensando que pudesse estar muito forte, mas não adiantou, a Duda parece que vai se afogar quando toma banho de chuveiro, faz o maior drama. Nas vezes que ela tomou, no final até acabou gostando mas nunca o suficiente para querer tomar de novo.
Por isso, ando descadeirada, imaginem quase quatro anos dando banho abaixada, lavando as longas medeixas da Maria? Enxaguar o condicionador então? São várias canecas e mesmo assim nunca fica bem enxaguado.
Já me conformei. Tanto que na praia, o banheiro das crianças vai ter a banheira, item indispensável que vai me ajudar bastante na hora de dar banho na Maria e no João. Já estou fazendo planos de quando voltarmos da beira da praia, colocar os dois juntos dentro da banheira, vai me facilitar muito.
Estive pesquisando em diversas lojas, pois tenho que instalar no apartamento da praia. A dica é a Casa das Banheiras, que fica na Voluntários da Pátria, nº 2210, eles trabalham com todos os tipos e tamanhos de banheiras, tem banheiras de até um metro, para banheiros mais compactos, que também pode ser usada como um mini ofurô. Então, não tem desculpa que o banheiro é pequeno, na Casa das banheiras você vai encontrar uma que encaixe no seu espaço.
Para o banheiro das crianças, dei preferência por um modelo sem hidromassagem, porque acho desnecessário, paguei exatamente a metade do preço de outras lojas, e o frete até à praia de R$ 50,00, não paga nem a gasolina de ida e volta. Vale muito à pena pesquisar.
Mas uma coisa estava me preocupando: o João vai estar com 10 meses, ele ainda estará adquirindo força e equilíbrio, deixar os dois na banheira pode ser perigoso, a Maria é arteira, o João sem noção do perigo. Deus me livre, só de pensar!
Ocorre que ontem, no aniversário de um colega da Maria, conversava com uma mãe e ela me comentou de uma cadeirinha para banho, só que ela não soube me dizer o nome. Fui procurar no Google e encontrei. Trata-se de um assento que possui quatro ventosas que grudam na banheira, e o bebê fica bem sentadinho e seguro, claro que não tão seguro que você possa deixa-lo sozinho. Eu amei, já encomendei o do João. O assento para banho é da marca Dream Baby, é indicado para bebês que já saibam sentar, comprei o do João no site www.amaramar.com.br e custa R$ 92,99; tem também no site www.planetadobebe.com.br, mas custa mais caro, neste último site também encontrei uma outra cadeirinha para banho mas para bebês que ainda não conseguem sentar, também achei bem interessante porque ela ainda é de balanço, da marca Summer.
Olha que bacana o assento de banho, os das fotos são da Dream Baby, mas vi que existem outras marcas similares. Só não consegui postar a foto da cadeirinha da Summer para bebês com menos de 6 meses, que também é um amor e tem nas cores rosa e azul.


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

A tal privacidade

Por Caroline Bittencourt

Eu juro que queria ser mais assídua por aqui. As pessoas me cobram, eu me cobro. Assunto não falta, muita coisa renderia posts interessantes.

O problema é outro: deixo de transformar a rotina em textos porque meus rebentos me policiam. Se dependesse deles, eu teria que submeter tudo à aprovação prévia dos envolvidos antes de publicar. Aliás, o mesmo acontece em relação a fotos no facebook, eles sempre reclamam (“to com cara de sono/louco(a)/idiota”, “olha meu nariz/cabelo/roupa” etc) e dizem que eu não perguntei SE PODIA. Como assim? Desde quando filho determina o que a mãe pode ou deixa de poder?

Eis o X da questão: a privacidade dos filhos. Chega um momento em que os pais deixam de poder expor o que bem entendem em relação à vida dos pimpolhos. Aliás, referir-se a eles como pimpolhos, pitocos, filhotes e afins já passa a ser um problema, um micão (ops, falar “mico” também é mico).

Bons tempos aqueles em que era possível contar pra todo mundo cada detalhezinho, mostrar milhões de fotos, debater publicamente sobre o hábitos alimentares e intestinais, as frases engraçadas, as perguntas desconcertantes, as descobertas diárias...

Quando os meus eram pequenos, não existiam redes sociais (a Mari nasceu em 94, na era pré-internet; o Lucca nasceu em 2001, o Orkut em 2004), então a exposição tinha proporções mais modestas. Eu carregava álbuns de fotos na bolsa pra mostrar a quem encontrasse e parava por aí.

Minhas colegas de blog têm filhos pequenos que nem sonham que suas vidinhas estão sendo contadas por aqui. Meu conselho é: contem tudo que puderem enquanto dá, gurias, porque Anita, Aurora, Duda, João, Betina, Nassif, Pedro e Alexia um dia chegarão por trás de vocês no computador dizendo o que o Lucca acabou de me dizer: “Manhê, o que tu ta escrevendo aí no blog? Deixa eu ler antes, hein!”

Hoje é dia de festa, bebê!!!

Hoje é dia de festa aqui em casa, meu gordo completa seis meses de vida. Foram seis meses de muitas alegrias, acontecimentos marcantes, conhecimentos, descobertas...enfim, só posso agradecer por ter um filho tão especial, guerreiro, alegre e apaixonante como o João.
Nunca fui de comemorar mesversários, mas o João merece uma comemoração especial no dia de hoje, nosso gurizinho sofreu um grave acidente com apenas 2 meses de idade, caiu da cadeirinha e teve traumatismo craniano, tendo que ficar cinco dias internado na UTI, ele foi muito mais que um guerreiro, foi um exemplo de vida pra muita gente, foi ele quem me deu forças e me manteve erguida nos piores dias de nossas vidas.
Foi ele quem me fez acreditar que a união e os pensamentos positivos fazem muita diferença. Nunca recebi tanto apoio, orações e mensagens de pessoas que eu jamais imaginei que pudessem ser tão solidárias e amigas num momento tão difícil. Aprendi como uma simples mensagem carinhosa faz uma diferença tão grande quando passamos por uma dificuldade.
Eu que sou católica, mas nunca fui de frequentar a igreja, agora pelo menos uma vez por mês vou à missa ouvir a palavra de Deus e agradecer por ele ter estado ao lado do meu filho no momento que ele mais precisava, por não ter permitido que acontecesse o pior.
Depois do acidente, nosso bebê mudou da água para o vinho, ele que sempre foi muito irritado e impaciente, depois que saiu do hospital desandou a dar sorrisos e melhorou consideravelmente sua impaciência.
O João, hoje, é super tranquilo, quase nunca chora, não tem crises histéricas na madrugada como a Maria tinha. Mama no peito, mas também gosta da sua mamadeirinha. Com ele não tem tempo ruim, o que tiver está bom. Nesses seis meses pude notar que a personalidade dele é bem mais tranquila que a da irmã, ele é meu anjinho, sorridente como ele é, encanta a todos.
Há exatamente um mês atrás ele comeu sua primeira papinha de frutas, e há uns dez dias vem comendo papinha de legumes, sem carne. Mas hoje, estou preparando um almocinho muito especial pra ele. Deixei o feijão de molho desde ontem à noite, porque dizem que libera os gazes do feijão e não dá dor de barriga. Hoje é dia de feijão com moranga! E mais à noite, quando o papai e a mana estiverem em casa, vamos comemorar esses seis meses com um bolo que eu mesma vou preparar. Hoje é dia de festa, bebê!!!

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Bicos e mamadeiras no lixo!

Já faz alguns dias que a Duda vem dizendo que a prof. Naty disse que eles têm que colocar seus bicos e mamadeiras fora, porque eles já estão grandinhos. Eu estava tentando contornar a situação dizendo que para dormir ela podia tomar mamadeira e chupar bico, afinal ninguém estaria vendo. Mas ela seguiu firme dizendo que a prof. Naty não quer!
Tá bom, já que a prof. Naty não quer, vamos ver se tiramos proveito dessa situação e a Duda larga de vez seus utensílios que a acompanham desde a sua época de bebê. Por mim, ela poderia continuar com a mamadeira e o bico para dormir, mas hoje ela acordou decidida: BICOS E MAMADEIRAS NO LIXO!, foi o que ela fez, eu estava no computador e a Dona Maria, nossa funcionária, veio até mim e disse ´´Cris, a Duda tá jogando todas as mamadeiras no lixo``, fui correndo ver e conversar com ela pra ver se ela tinha certeza do que estava fazendo, lembrei-a de que à noite não teria seu leite na mamadeira. ´´Vai tomar o leite no copo?`` Ela respondeu que sim.
Só me resta apoiar e torcer para que ela realmente consiga.
A foto mostra as mamadeiras no lixo do seu quarto, que é limpinho, nunca tem nada dentro. Não sei porque ela resolveu colocar nesse lixo, será que é um indício de que ela pretende voltar atrás na sua decisão? Não sei, mas é estranho, ela nunca coloca nada no lixo do quarto dela, sempre coloca no lixo da cozinha, do escritório ou do banheiro, esses sim, se as mamadeiras fossem jogadas dentro deles, não teriam mais volta. Sinto cheiro de arrependimento no ar.

Amizade de Infância

Formamos um grupo de pais muito legal na escolinha da Betina. Ao todos são vinte crianças na turminha dela e dezenove mamães. Dessas, quinze formam esse maravilhoso grupo. Uma delas a menina até já saiu da escola, mas ela segue conosco nas jantas, nos encontros mensais.....aos finais de semana nos comunicamos por SMS e na medida do possível nos encontramos em pracinhas ou parques.
Não preciso nem dizer que a criançada ama.
Nem sempre as crianças participam dos encontros, claro. Temos nosass jantinhas particulares, só as mamães que chamamos de Confraria Lulus com Mel e ás vezes marcamos churrascos e encontros que os papais e os filhos estão "liberados" para participar hahahaha
E mesmo quando as crianças não participam, elas adoram saber que "as mães" estão juntas. Quando toca meu celular Betina já pergunta: "era a mãe de qual amigo?"

Como é bom termos nos encontrado, acho importante eles terem esse vínculo com os amigos fora da escola, é assim que começam sólidas amizades. Coisa boa é ter um amigo de infância.
Aquele amigo para recordar, dar risadas, contar segredos e que reconhecemos como um irmão porque ele conhece a nossa casa, nossa família. Aquele tipo de amigo que não precisa nem falar, ele sabe o que estamos sentindo, nos entende sem julgar e transforma o silêncio no diálogo mais sincero do mundo.
Eu sou filha única e tudo se encaminha para que a Betina seja também, então é isso que quero passar pra ela, que a amigos são irmãos que escolhemos.

Bom, estamos fazendo nossa parte nesse sentido, nos aproximamos, mantemos contato, foi surgindo uma amizade pouco a pouco e hoje somos grandes amigas. Nosso contato é diário, nem que seja um oizinho por mail. Espero que os pequenos sigam nossos passos e se tornem amigos da vida, pra toda vida.

Meu leite é orgânico


Aqui em casa é assim.

A Anita é uma figura, desde bebê comia brócolis. Adorava, chegava a morder as embalagens plásticas com o vegetal cru no supermercado.

Durante um tempo, ficou chatinha, com paladar bem restrito ao prato kids - arroz, feijão e bife. Agora, do nada, deu pra me pedir hambúrguer, nuggets e sanduíches com alface.

Eu atendo, é claro. Fazer hambúrguer em casa, com carne, mil temperinhos e um pouco de aveia é uma barbada. E o meu, modéstia às favas, é uma delícia.

Não vejo a hora de espremer uns murgotes orgânicos e ensinar a Aurorinha a comer as frutas. A pediatra já me adiantou que vai liberar comida antes dos seis meses. Disse que introduzir alimentos enquanto as crianças estão mamando no peito reduz drasticamente a chance de surgirem alergias à comida. Aguardo este dia ansiosamente.

Enquanto isso, ela segue tomando meu leite orgânico, produzido à base de suco de bergamota e caldo de cana da feirinha.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Xixi na cama

Já faz algum tempo que a Maria não usa mais fraldas para dormir, com isso, alguns episódios como xixi na cama fazem parte da rotina da nossa casa. Não posso reclamar dela, dá para contar nos dedos da mão quantas vezes ela não conseguiu segurar o xixi, causando acidente de alagamento de colchão.
Mesmo ela tendo feito poucas vezes xixi na cama dela, não é fácil tirar aquele cheiro de mijo da cama.  Essa noite nossa cama foi agraciada com sua urina que, diga-se de passagem, é uma poça d´água. Xixi de bebê não é capaz de fazer o estrago que um xixi de uma criança com 4 anos é capaz de fazer. Minha cama ficou inundada.
Tem noites que a Duda acorda e vai dormir na nossa cama, foi o que aconteceu, lá pelas 4hs da manhã a Duda apareceu no nosso meio. Para ficar mais confortável para dormir, o Alexandre foi pra cama dela e eu fiquei com ela na minha. Lá pelas 6h30min da manhã eu sinto um molhado nas minhas costas, passei a mão, estava molhado, na hora pensei  ´´será que fiz xixi na cama?`` Mas, com exceção das minhas costas, eu estava seca. Olhei para o lado e vi a Duda bem tranquila dormindo. Caiu a ficha.
Numa tentativa desesperada em voltar a dormir, peguei o secador de cabelos, liguei na potência máxima e grudei no colchão para secar bem e, vejam na foto abaixo que beleza de estrago que eu fiz, abri um buraco no tecido que derreteu com a caloria do secador. Que ótimo! nossa cama box não tem nem um ano de uso.
Agora eu descobri porque nas camas box o colchão é separado da base. É para o caso de apodrecimento do colchão, a pessoa possa adquirir um novo, sem gastar com a base. Para evitar que eu tenha que adquirir um colchão novo, vou tentar descobrir se existe algum tipo de protetor de colchão que eu possa tirar para lavar em caso de acidente. Se alguém tiver alguma dica nesse sentido eu agradeço.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

É de menino ou de menina??

Incrível observar a evolução dos filhos nos pequenos detalhes do dia a dia.
Aqui em casa as coisas, os assuntos, os filmes, os brinquedos, as roupas, tudo a Betina quer saber se é de menino ou de menina. E claro, esperta como ela só, os brinquedos de menina ela diz que é só de menina, mas os de menino ela diz que é "di minina e di minino".
Mas o assunto que ela mais tem insistido é no pinto. Ela toda hora pede pra "comprar" um pinto no shopping.....que ela quer um pinto amarelo ou roxo. Que maravilha hein mamis, pintos coloridos e a venda no shopping! Ai, como é linda a ingenuidade infantil.....mas como é complicado contornar as vezes. E quando ela inventa de fazer xixi no banho? fica segurando a "peca", querendo fazer igual a menino.....no banho tem pedido para o pai tirar a cueca. Essa é mais uma dúvida que eu tenho, será que não teria sido melhor ele ter dado banho nela sempre sem cueca, daí não despertaria tanta curiosidade....mas agora acho melhor ficar com, pois a novidade pode deixar ela muito agitada.

Eu acho que mãe de menina começa mais cedo a pensar no que responder e como falar sobre esses assuntos. Penso que as meninas são mais antenadas, mais curiosas e mais ligadas nessas questões. E fora que tem muitas coisas para elas descobrirem, o mundo feminino é muito amplo e rico em detalhes. É sutiã, meia-calça, maquiagem, pulseiras, bolsas, idas ao salão, trocas de brinco, salto alto.......tudo colorido, tigrado, com orelhinhas, brilhos mil......e isso tudo revela as diferenças entre um sexo e o outro, despertando uma curiosidade precoce e acelerada.

Por enquanto tenho saído pela tangente, disfarçado daqui e dali, troco de assunto....tem funcionado bem, espere que funcione por muito mais tempo!

Ciúmes oculto

Eu que sempre pensei que a Maria não tivesse ciúmes algum do irmão, estou começando a mudar de opinião. É que ciúmes declarado mesmo foram apenas três dias, quando ela fazia caras de coitadinha, tristeza, choro, etc. Depois disso o ciúmes permaneceu mas de forma oculta, só pude perceber isso depois de analisar alguns gestos e atitudes que ela vem tendo.
A Maria anda rebelde pra mais de metro, e quem vem sofrendo mais com sua rebeldia é justamente o pai. Tem horas que me dá até pena dele, chega cansado do trabalho e pede um abraço e um beijo e ela se manda correndo, diz que não vai dar. E para piorar, além de não dar um abraço no pai, algumas vezes ainda vem com tapas.
Outro dia, ela estava ´´brincando`` de dar tapas em mim e no Alexandre, e mesmo  a gente vendo que ela estava fazendo para chamar atenção, que era apenas uma brincadeira, pedimos pra ela parar; e ela não obedecia. Mandamos ela ir para o quarto de castigo. Só que ela não foi para o quarto dela, mas sim para o quarto do João e se jogou dentro do berço dele.
Nesse mesmo dia, mais tarde, fui colocar o João para dormir e, cadê as cobertas dele? A Duda levou para sua cama e disse que as cobertas do João eram mais quentinhas. Mentira, obvio! as dela são tão quentes e macias quanto as dele.
Foi observando essas e outras tantas atitudes dela que cheguei à conclusão que ela tem sim, ciúmes do irmão, e como seu irmão é um menino, ela desconta no pai que representa o mesmo sexo do mano.
Se por acaso, eu estiver errada, e essa rebeldia dela não seja ciúmes, pode ser coisa da idade mesmo, ela que irá completar quatro anos daqui há pouco mais de um mês, se acha a ´´sabe-tudo``, agora então que aprendeu a fechar o botão de suas bermudas jeans sozinha, tem certeza que já é grande o suficiente pra tudo. Inclusive, nos noticiou, também nessa semana, que seu coleguinha Tomás a beijou na boca. Eu e o Alexandre ficamos pasmos. ´´Como assim, filha?``, ´´mostra como foi esse beijo?``  ela veio até mim e me deu um selinho- um pouquinho demorado, mas um selinho. Eu e o Alexandre nos olhamos aliviados, rimos de cantinho...´´é que a gente quer namorar, mãe!``
Dorme com um barulho desses!

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A nova mãe

por Ana Emília Cardoso

Não basta parir. Ser mãe de verdade é cuidar do seu bebê, dar carinho e segurança e ficar grudadinha no filhote, pelo menos nos primeiros meses. Se é pra delegar tudo, então pra que ter um filho?

À exemplo de celebridades como a atriz Danielle Suzuki, muitas amigas minhas (e eu inclusive) estão se permitindo viver a maternidade com intensidade. O mundo está mudando, acredite, e levar um bebê para uma reunião pode até te ajudar na hora de fechar um negócio.

Uma de minhas parceiras de puerpério, por exemplo, é empresária do marido. Não parou um dia de trabalhar, mas engana-se quem acha que ela deixa o bebê por aí, com babás e avós. Ela carrega sua bolinha fofa, que mama a cada uma hora e meia cravada, pra cima e pra baixo. Olha, se a reunião fosse com a presidenta do país, ainda assim, acho que a Milena levaria o lindo Kazuki junto.

Eu tenho trabalhado bem pouco, e -además- trabalho em casa, e vejo a mulherada se organizando para cuidar de seus negócios a pleno vapor, com os filhotes junto, mamando no peito, bem felizes. A Michelle, de Curitiba, com sua rede de lojas Ousadia, já se muniu de sling e canguru para inteirar a Monique sobre a firma desde pequena.

Outra grávida que vai ter uma parceirinha nos negócios é a Caro Galvão, da Estilo Exclusivo. Imagina só o que não vão ser estas bebês. Como pesquiso comportamento e movimentos na sociedade, a Anita segue e dita tendências por aí. Essa turminha de babies da geração da Aurora então, que já trabalham com as mães desde a primeira semana, vão dominar o mundo.

É difícil carregar os babies? Até é. Mas, não ter a culpa de não estar dando atenção a eles quando mais precisam e estar sempre afofando nossos amuletos com certeza é uma escolha maravilhosa. E se o cliente não gostar? DUVIDO. Ninguém resiste a essas gostosuras ambulantes.

-Bah, Kazuki, hoje fui num campo com a minha mãe observar cabelos.
-E eu fechei um show pro meu pai no Sesc. É, Aurora, ninguém resiste aos meus olhos azuis ;)

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A fonte está secando

João está prestes a completar 6 meses e o meu leite parece estar chegando ao fim. Até os 4 meses, amamentei exclusivamente no peito, mas como o João teve uma bronquiolite aos 3 meses, ele perdeu peso, ou melhor, não adquiriu quase nada de um mês para o outro, por isso fui orientada a dar complemento pra ele. Até duas semanas atrás, o João tomava uma, ou no máximo duas mamadeiras por dia, dependendo do que eu produzia ou deixava de produzir de leite.
A Maria mamou até 1 ano, não aceitava leite nenhum, por isso nunca soube o que era dar leite industrializado, tampouco sabia da constipação que eles causam nos bebês. A sorte do João foi que ele não precisou tomar só leite de lata, pelo menos até agora, caso contrário, ele estaria literalmente entupido. O leite do peito tem ajudado a soltar mais o intestino dele.
Mas como a fonte de leite da mamãe está secando, estou aflita em ter que dar só mamadeira pra ele. Dá uma pontinha de culpa, apesar de ver que ele adora seu leitão, porque o meu leite eu chamo de leitinho, já o leite de lata é um verdadeiro leitão mesmo, quando o João toma eu vejo que ele fica estufado, como se estivesse ido a uma churrascaria e comido muito.
Voltando a constipação, mesmo eu revezando leite do peito com as mamadeiras, ele chegava a ficar três dias sem fazer cocô, nos últimos dias seu cocô já estava ficando duro. Esse foi um dos motivos para eu introduzir a papinha de frutas aos cinco meses, sabia que as fibras das frutas iriam ajudar muito. Realmente resolveu o problema de intestino preso do João, ele voltou a fazer seu cocozinho diário. Pobres dos bebês que não tem outra alternativa senão tomar leite industrializado desde o nascimento, mais pena ainda eu tenho das mães que não conseguem amamentar e ainda tem que ver seus filhos trancados, 2, 3 até 5 dias sem fazer cocô. Mãe feliz é mãe que troca fralda suja, bem recheada, todo dia.


segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Andador: uso ou não uso?

por Cristiane Gomes da Luz

Meu gurizinho está com 5 meses e meio e está voando alto em seu andador. Já sei que vou ouvir muitas críticas, a maioria pelas costas, claro! Só estou aceitando críticas da nossa pediatra, o resto entra por um ouvido e sai pelo outro. Mesmo assim, não vou abrir mão de dar alguns minutos de felicidade e liberdade para o João com teorias e achismos alheios. A Maria usou o andador por 1 ou 2 meses somente, só comprei quando ela tinha 11 meses e ela amava.
Mesmo convencida em deixar o João usar o andador resolvi dar uma pesquisada no google sobre o assunto. Encontrei vários artigos contra e alguns a favor. Mas, o que mais me chamou atenção foi que encontrei várias pesquisas sobre de estudantes da área da fisioterapia que mostraram que não existe diferença na idade de caminhar, nem má formações como perna cambota, etc, entre crianças que usaram e as que não usaram.  
Uma coisa é unânime, no andador a criança alcança lugares que ela não alcançaria sentada num carrinho ou num bebê conforto ou até no colo da mãe, por isso temos que ter cuidado ao deixar a criança se aventurar, pois ela pode puxar uma toalha e cair algo por cima, por exemplo.
Vi ainda alguns relatos de mães que não usaram o andador porque ouviram que eles podem cair ou virar com o mesmo. Acho isso um pouco improvável, mas como já vi alguns andadores bem simples, leve demais, pequeno demais, acho até que poderia acontecer. Mas não é o caso do andador do João, que é praticamente uma Ferrari, é bem grande e tem um ótimo apoio para as costas e cabeça. Além do que é o único lugar que a Maria Eduarda não consegue tirar o João de dentro, ela não tem força pra isso. Já na cadeirinha e no carrinho não posso tirar os olhos dos dois juntos porq ela pode querer pegar ele no colo.
Bom senso é a palavra certa. Deixo o João não mais do que 15 minutos no andador por turno, ou seja, 15 minutos de manhã, 15 à tarde e, se ele quer dar bailinho à noite, ganha mais 15 minutinhos, sempre sob minha supervisão e olhar constante. Ainda, como moramos em uma cobertura, o andador só é permitido no andar de baixo, mesmo com grade de proteção na escada, isso porque eu não confio muito naquelas grades, pois a Duda já forçou uma vez e a grade se deslocou.
Fica a pergunta ´´seria o andador infantil o causador de acidentes ou a negligência dos pais na falta de supervisionamento quando colocam seus filhos nesse equipamento?``
Abaixo um estudo feito pela UFMG sobre o uso do andador.
Estudo avalia impacto do uso do andador no desenvolvimento da criança
segunda-feira, 21 de junho de 2010, às 7h19
Usar ou não o andador? Essa é uma das dúvidas que afligem os pais no momento em que os filhos se preparam para dar os primeiros passos. Muitos recorrem ao equipamento por acreditarem que ele estimula o desenvolvimento da criança, além de ser uma espécie de “brinquedo” com o qual o bebê pode se divertir. Por outro lado, boa parte dos médicos é contra o andador (também conhecido como voador em algumas regiões), pois avaliam que pode provocar uma dissociação entre o equilíbrio e a marcha, o que retardaria o desenvolvimento de coordenação motora das pernas da criança.
Contradizendo pediatras e pais, estudo do programa de pós-graduação em Ciências da Reabilitação da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO) da UFMG mostra que o andador não traz benefícios nem prejuízos para o bebê. “Sempre achei que o uso do andador era negativo para a criança, mas, quando fui procurar evidências, nada encontrei”, conta a fisioterapeuta Paula Silva de Carvalho Chagas, professora da Faculdade de Fisioterapia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
A pesquisadora decidiu, então, testar esse pressuposto clínico, comparando o processo de aquisição da marcha entre bebês de oito a nove meses que usavam e que não usavam o andador. O resultado desse trabalho está contido na tese Efeitos do uso do andador infantil na aquisição da marcha em lactentes com desenvolvimento normal, defendida em abril deste ano.
A coleta de dados teve início no primeiro semestre de 2008, quando os convites que solicitavam a participação de bebês na pesquisa começaram a ser encaminhados aos pais. Foram chamadas 40 crianças, que se dividiram em dois grupos: metade usava o andador e a outra não usava. Trinta e duas colaboraram até o final, 16 em cada grupo. “Nenhuma das famílias foi incentivada a adotar ou não o andador. Essa decisão foi tomada pelos pais antes do nosso convite”, ressalta Paula.
Resultados
Os resultados dos testes mostram que não houve diferenças significativas no processo de aquisição da marcha dos dois grupos. “Todos os bebês apresentaram desenvolvimento normal, aprendendo os movimentos corretamente em um tempo adequado”, afirma Paula Chagas. A orientadora do projeto, professora Marisa Mancini, do Departamento de Terapia Ocupacional da EEFFTO, explica que foram realizados três estudos para chegar a essa conclusão.
O primeiro deles avaliava a marcha da criança, principalmente os ângulos de suas articulações durante o movimento. Para essa análise, foram colocados, na região do quadril até o pé, marcadores que digitalizavam o caminhar do bebê. O segundo era um teste em rampa inclinada, que avaliava a capacidade da criança de lidar com os desafios do meio, e o terceiro, uma entrevista com os pais, investigava os motivos que os levavam a adotar ou não o andador.
Nos dois primeiros estudos, não foram observadas diferenças entre os dois grupos. “Somente as opiniões dos pais se mostraram divergentes, já que uns defendiam o andador e outros não”, revela Marisa Mancini. Para o professor Luiz Megale, do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina e um dos principais colaboradores do projeto, os resultados podem mudar a opinião dos médicos sobre os andadores. “Aquela ideia negativa sobre o andador era, na verdade, puro achismo. Com a pesquisa, poderemos fornecer informações concretas, baseadas em estudos científicos”, afirma o pediatra.
Pais e filhos
O contato com os pais ocorria por telefone toda semana, enquanto as visitas aos laboratórios de pesquisa e os testes eram realizados uma vez a cada mês, depois do início da marcha independente. Os pais que optaram pelo andador deixavam a criança usar o aparelho por aproximadamente uma hora por dia, sempre sob sua observação.


“Uma das principais restrições ao andador dizia respeito ao alto número de acidentes que ele pode provocar, mas percebemos que isso é consequência da negligência dos pais. Independentemente do uso do andador, eles devem estar sempre atentos aos filhos nessa fase de exploração e descobertas”, afirma Marisa Mancini.
Paula Chagas conta que, para os pais, os resultados da pesquisa ajudaram a eliminar uma grande dúvida. “Agora, eles se sentem mais seguros para escolher usar ou não o andador, assim como nós, profissionais, nos sentimos mais confiantes para recomendá-lo ou não”.



sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Observações capilares importantes (para bebês de 2 a 3 meses)

por Ana Emília Cardoso

Alguns bebês nascem carecas, outros com uma peruca como a do Silvio Santos (caso do filho da minha manicure Luana), outros com algum cabelo que cai e lhes deixa com entradas e cabelos novos e velhos misturados. Adivinha qual o caso da minha bebê? Quem apostou na complexa mistura, acertou.

Em torno dos dois meses os bebês, além de estarem gordinhos em função do nosso leite, quase uma manteiga, cabe ressaltar, passam a apresentar umas casquinhas na cabeça. Eu chamo de carepinha, mas os médicos dizem dermatite seborréica. E aí você fica com uma vontade terrível de passar a unha, coçar um pouquinho, tirar logo tudo, na verdade. Mas, veja bem, se a gente coça, machuca o bebê. Então temos que lutar contra essa gana gigantesca.

Eu já fiz de tudo, confesso. Menos lavar com shampoo anti-caspa, como fez uma pessoa muito chegada a mim e que me garantiu que é sucesso. Tentei passar óleo Johnson's dez minutos antes do banho. Olha, o cabelo FICA um meleca, não importa o quanto você lave e enxague depois. Eu estava usando o lava-babies da Turma da Mônica nessa época. O ruim do óleo é que o que não sai no banho, sai muito fácil com a unha enquanto você amamenta. Ou seja: é horrível porque cataliza a vontade de coçar, tornando quase impossível não roçar a unha ali.

Minha pediatra sugeriu Cetrilan líquido. Ela ama Cetrilan. Sabonete, pomada, tudo. Eu usei e foi MEIO bom, porque o cabelo ficou opaco. Aí voltei a usar o shampoo cabeça-pé Johnson's, aquele cor de gelatina tuti-fruti, na cabeça. Saiu muito.

Ontem fui ao cinema com umas amigas no projeto CineMaterna (aliás, o máximo, mas assunto para OUTRO post) e ganhei um shampoo cabeça-pé da Natura (mamãe e bebê). Eu devo ser a única pessoa alérgica a produtos dessa linha no mundo, mas TESTEI em prol da bela cabeleira castanho-loiro-laranjinha da minha pequena Aurora.

Adorei. Com base nisso tudo, nessa peregrinação pelas marcas e sugestões anti-cascões pueris, descobri uma coisa: cabelo de bebê é quase igual ao de adulto, fica sem brilho, assimétrico, cola na cabeça e perde todo o charme se a gente não variar o shampoo. Será que existe algum Kérastase para babies?

Hoje acordei assim, meio Michel Teló, meio Neymar.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Pesando a Consciência

Depois de uma noite bem mal dormida, à tarde precisava tirar uma soneca pra me reerguer. O João não dormiu a manhã toda, não sei o que houve. Lá pelo meio dia, ele foi dormir. Almocei, e fui correndo pra minha cama tentar descansar. E não é que ele acordou na mesma hora! Viu como sou sem sorte? Fiquei de cara. Peguei o João e trouxe pro meu quarto para ver se ele dormia comigo, e nada, ele deve estar passando por algum impulso de desenvolvimento como falam os livros, nessa fase os bebês tendem a se alimentar mais e dormir menos.
Mas eu estava exausta, precisava dormir um pouco, aí pensei comigo ´´a Dona Maria, claro!, minha funcionária mega eficiente e que está acostumadíssima com o João, pois convive com ele desde a primeira semana de vida, vai me ajudar nessa.
Saí do meu quarto e levei o João pra sala com sua cadeirinha e disse ´´Dona Maria, o João tá num assanho só hoje, e eu tô muito cansada, vou deitar. Fica com ele até ele cansar e depois bota ele na caminha quando der sono``. Como hoje ele praticamente não havia dormido, sabia que era questão de minutos.
Voltei pro meu quarto, deitei na cama e apesar de estar louca pra dormir, ficava olhando na câmera pra ver se ele já tinha ido para a caminha dele. Só apaguei mesmo quando vi meu gordinho na tela da babá eletrônica.
Como não estava me sentindo confortável nessa situação (eu dormindo e o João acordado), pra falar a verdade, estava me sentindo péssima, acabei tendo um sonho terrível enquanto dormia. Sonhei que o Alexandre havia deixado o João cair de novo. Eu gritava tanto nesse sonho, era desesperador. Eu falava ´´Meu Deus, como é que vamos chegar no hospital e dizer que derrubamos o João de novo! Vão tirar a guarda dele da gente, chorei tanto nesse sonho que ao invés de descansar, acordei mais cansada ainda, com o choro real do João. Mas dessa vez dei um pulo da cama e fui buscar ele contentíssima em ver que era tudo um sonho. Graças a Deus meu filhinho estava bem, trouxe ele pra minha cama e dormimos mais um pouquinho junto.
Esse sonho maluco que me aconteceu foi só porque dormi me sentindo culpada de deixar ele acordado com a empregada enquanto eu dormia, ou tentava. Depois que se é mãe, trazemos uma responsabilidade gigantesca pra nós; e tem que ser assim mesmo, porque nossos pequenos precisam de muito cuidado, amor, carinho, atenção (hoje fiquei devendo para o João, um pouco mais de atenção, embora meu inconsciente estivesse com ele até debaixo do edredom.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Nossa Senhora da Bicicletinha

.......dai-me equilíbrio, paciência, fé.....menos força senão.....sim, porque mãe também é gente!! Quem nunca passou por um ataque de birra e comportamento maniático do filho que atire a primeira pedra ou guarde-a pois corre o sério risco do vizinho devolver no seu lindo telhado de vidro. Acabar com esses ataques é uma ambição admirável....assim como a paz mundial, o fim da miséria, ou ainda, avistar porcos voadores.

Às vezes penso que eu era uma ótima mãe antes de ter a Betina. Eu sabia tudo: criar rotina? barbada! amamentar? de letra! ataques de raiva do pequeno? abraço de urso! E por aí vai a minha total falta de compreensão do que seria ter um ser vivo exigente, manipulador e até mesmo chantagista dentro de casa.....e pasmem: eles aprendem tudo isso não tendo nenhuma experiência de vida e na total ignorância.....sim, não esqueçam que os pimpolhos são analfabetos!!

Quem nunca comemorou quando o filho finalmente dorme? quem nunca encompridou uma fugidinha que era pra ser rápida só pra se sentir um pouco mais livre....respirar mais aliviada? quem nunca quis sumir quando o bebê passa a noite resmungando?
Sei que passei por muitos momentos fáceis e difíceis e que muitos mais estão por vir....dúvidas eu tenho aos montes, os medos são inúmeros, a vontade de acertar é uma constante e mesmo assim digo de boca cheia que ser mãe é o melhor trabalho do mundo.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Esquentar ou não o quarto do bebê?

por Cristiane Gomes da Luz
Qual mãe que nunca teve dúvida se deixaria o ar condicionado ligado à noite toda, naqueles dias mais frios, no quarto de um filho? Confesso que isso sempre foi um dilema pra mim, principalmente agora que tenho o segundo filho, necessariamente, preciso deixar a porta do quarto de ambos fechadas à noite. Isso porque, se deixamos as portas abertas, o choro de um pode acordar o outro, aí a confusão é geral.
No entanto, nos dias de frio rigoroso, ligo o ar condicionado no quarto do João, dou um sleep de 1 ou 2 horas no máximo pra não sufocar meu bebê. Um quarto fechado com o ar condicionado ligado a noite toda é terrível, a garganta da gente parece que vai colar de tão seca que fica. Mas tem mães que não pensam dessa forma, tenho uma amiga que deixava o filho dela no quarto fechado com ar condicionado a noite toda, fizesse frio ou calor. Quando ela me comentou isso fiquei preocupada e com pena do bebê dela. Mas, cada um age como acha melhor para o seu filho.

Quando só tínhamos a Duda, até comprei uma estufa dessas portáteis, fáceis de carregar pra colocar no quarto dela, pensando que seria melhor do que deixar o ar ligado. Engano meu, assim que fui usar o produto notei que o ar do ambiente ficava pesado, muito pior que um ar condicionado. Agora, ela só é usada para aquecer o banheiro, por poucos minutos.

Sábado passado, o programa Vida e saúde fez uma matéria sobre esse assunto. Na matéria eles também falam das estufas a óleo. Não tenho essa em casa, mas gostei de saber que ela é a opção que menos resseca o ar do ambiente. E a lareira que eu achava que era a menos prejudicial, é a pior, a que queima mais oxigênio; assim como o fogão à lenha. De qualquer forma, nunca mais usamos a lareira, depois que se tem 2 filhos, fazer fogo é a última coisa que se pensa, somente para gravar a matéria é que fizemos o fogo, o que não foi fácil, pois nesse dia fazia um calor de 30 graus, enquanto o fogo queimava o ar condicionado estava ligado em 17 graus. Notem que a Duda estava de bermuda e camiseta, seu traje típico. Já no final da gravação, a Flávia (repórter) me olha apavorada e diz ´´Cris, a Duda tá de bermuda e camiseta e nós estamos gravando uma matéria de inverno!!`` Conseguimos desdobrá-la e no final verão a Duda com uma roupa apropriada, uma calça e um moletom da Branca de Neve, claro!  



sábado, 21 de julho de 2012

Nos embalos de sábado em casa

Por Sabrina Nunes

Enquanto a música embala o sábado num pub ou balada da cidade, uma mãe embala seu filho ao som de resmungos e alguma choradeira. Bem vindas ao clube colegas!!
São quase onze horas de um sábado de inverno, um friozinho gostoso, noite interessante.....me deparo pensando que nesse horário há alguns anos atrás as únicas coisas que me preocupavam eram: será que ele vai?? será que essa roupa está boa?? aiai isso não me pertence mais!
Não que eu não adore minha atual situação, fiz essa escolha muito certa do que queria e posso dizer que a chegada da Betina foi o meu grande sonho realizado, foi um sonho da vida toda, ser mãe e ser mãe de menina. Mas que dá uma certa nostalgia boa lembrar, isso dá. E também perceber o amadurecimento pelo qual passamos, a transformação da vida, no que éramos e no que nos tornamos.

Sempre quando penso nisso costumo lembrar nas amigas que estão na mesma situação, embalando seus filhotes, é como uma espécie de conforto à distância. Decidir ser mãe é comprar uma passagem só de ida, é abrir mão de muitas noites de sono, de banhos demorados, de horas no computador e principalmente não se arrepender da sua escolha. Porque uma coisa é ter filhos e outra coisa é ser mãe.

Sigo muito feliz com meus sábados regados a muita pracinha, almoços no shopping, soninho à tarde e uma carinha linda, que se acha muito adulta ao fazer o convite para o cardápio de sábado à noite: "xushi" mamãe??




É uma fase, vai passar.

por Cristiane Gomes da Luz
Faz alguns dias que não escrevo, é que ando tão cansada por ter que acordar várias vezes à noite que no tempo que sobra, só penso em não fazer nada. Algumas vezes eu durmo, mas minha experiência em tentar dormir à tarde junto com o João quase nunca funcionou. Ele parece sentir quando eu encosto a cabeça no travesseiro, e acorda. Parei de tentar dormir junto, fico jogada no sofá, o que pelo menos ajuda a recarregar as energias, claro que nada se compara a horas de sono profundo e  ininterrupto.
A falta de sono dá um mau humor na pessoa, que a gente fala até besteiras quando escuta aquele choro na madrugada fria, mas logo que passa aquela sensação de que seu corpo parece que vai desfalecer de tão cansado, tudo volta ao normal e eu começo a pedir perdãocaso tenha falado alguma asneira do tipo ´´essa filharada só incomoda´´ ou a mais falada na calada da noite ´´poxa João, tu não tem pena da tua mãe?? Bah, recém tu mamou, o que tu quer agora?`` como se ele fosse me entender, pobrezinho.
Quando eu tô muuuuuito cansada, eu fico resmungando até o Alexandre ficar irritado e assumir o posto. Bandida eu, né? Minha tática para deixar o marido uma arara, ele odeia me ver resmungando, ele faz qualquer coisa pra eu parar.
Meu sonho de consumo, atualmente, seriam doze horas de sono sem pausas. Compraria aquelas fraldas geriátricas. E usaria para não precisar levantar nem para fazer xixi.  Coitado do meu marido, a esposa resmunguenta e de fraldas, uma cena muito triste, mas como estamos casados há doze anos, e definitivamente não somos uma família Doriana, a briga faz parte, mas uma parte bem pequena porque a parte boa é muito melhor do que a ruim; óbvio, senão não estaríamos juntos.
O mesmo vale para os filhos, a parte ruim, que pra mim é ter que acordar diversas vezes à noite, jamais irá superar um simples sorriso de qualquer um dos meus filhos. Além do que, ´´isso é uma fase e vai passar``, é sempre um conforto, um consolo para qualquer mãe-zumbi.

Será que agimos certo sempre?

por Sabrina Nunes

Sempre nas minhas tentativas de ensinar algo pra Betina e nas lidas diárias para educá-la tento imaginar quais respostas ela terá no futuro sobre as minhas decisões e intervenções com ela agora. Fico imaginando ela lembrando ou até citando minhas frases com as amigas, namorados e me questiono: serão boas ou más lembranças?? será que estou certa?? Existem coisas que me deixam mais em dúvida que outras, claro, até porque muitas são besteiras, pensamentos que só as mães compreendem mesmo.

Essa semana por exemplo, um frio congelante na nossa cidade e eu pensando: será que a Betina gostaria de ter uma mãe que ficasse em casa o dia todo? que pudesse pegá-la mais cedo na escolinha ou então nem levá-la em dias de chuva? ficaríamos assistindo DVD, comendo branquinho de colher, a casa aquecida, banho quentinho e pijama logo cedo para esperar o papai. Fico em casa com ela pela manhã, mas a tarde a escolinha não é uma opção, é compromisso.

Talvez eu pense assim porque minha mãe sempre trabalhou fora e eu ficava com minha avó, mas mesmo assim sentia a falta dela, o meu desejo era de ficar com ela. Lembro que uma vez, eu devia ter uns 5 anos, não sei porque motivo minha mãe não foi trabalhar e ficou em casa o dia todinho!! Nossa, como estava feliz, lembro que ela fez uma omelete e vimos juntas o "vale a pena ver de novo" lembro até o nome da novela....como isso me marcou. Cresci invejando minhas amigas que saíam da escola e tinham suas mães em casa. E quando falava isso pras minhas amigas elas respondiam: tá doida? feliz é tu que fica com a empregada, faz o que quer sem ninguém pra "encher".....é, difícil acertar!



Dormir com as galinhas

por Ana Emília Cardoso

Hoje a Aurora completa dois meses e nesse exato momento noto um padrão no sono dela: dorme sozinha no moisés, com chupeta e não gosta de sair à noite.

Ela ainda acorda trocentas vezes pra mamar. Tenho dado banho às 19, então ela dorme às 20 e então acorda meia-noite, 4h30, 7h30... mais ou menos isso. Aprendi nas últimas semanas a roubada que é querer sair pra jantar com ela: choro na certa.

A Anita também era assim, na verdade dormia até mais cedo, não passava das 19 jamais. Ou seja, jantar fora, nem pensar. Lembro de algumas vezes ter levado ela chochilando no carro, ela ter dormido o jantar todo e talvez só ter acordado no dia seguinte.

Enquanto eu estiver amamentando, isso significa que eu também não vou sair muito à noite. Só de vez em quando, pra sair um pouco da rotina. O curioso é que isso não me incomoda mais, sei que é um período curto e que não vai ser assim a vida toda.

Hoje em dia a Anita dorme mais tarde, na hora que a gente mandar. E de preferência (dela, não minha) começa a dormir na minha cama. É dureza, mesmo sendo um ser hiper magricelo, carregá-la dormindo para sua cama requer músculos. Desde que engravidei parei de fazer este transporte, mas meu marido - o atual encarregado - reclama bastante.

terça-feira, 10 de julho de 2012

O gorila do colégio

Por Caroline Bittencourt

Toda criança em idade escolar tem pelo menos um. O famoso, o onipresente, o personagem de todas as histórias, é ele: O GURI LÁ DO COLÉGIO (mas é tão mais legal chamar de gorila, vai dizer?).

Pois então, volta e meia escuto uma história do tipo “mãe, sabia que tem um guri lá no colégio que fala mal da mãe de todo mundo?” ou “sabia que um guri lá do colégio falou palavrão na frente da professora?”. Os gorilas são sempre tinhosos.

E quando o gorila é mais do que tinhoso? E quando é agressivo? E quando é agressivo com os nossos filhos? Defina: RAIVA.

Semana passada, o Lucca entrou no carro na saída da escola com uma cara horrível. Primeiro disse que era dor de cabeça, mas dei uma insistida e ele contou: “Tem um guri lá no colégio que todo dia pega meu estojo e leva pra mesa dele. Como eu sou mais inteligente e já sei que ele vai devolver logo, não faço nada. Mas hoje ele pegou o estojo e jogou na minha cabeça”.

Minha vontade foi dizer “quebra a cara do piá”, mas como sou mãe, pacífica e conciliadora, disse apenas “tu já conversou com ele, já pediu pra parar?”. Excessivamente pacífica, né? É.

E o relato do Lucca seguiu: “Já falei com ele. Ninguém mais agüenta ele, nem eu. Olha que eu não gosto de violência, mas senti tanta raiva que parecia que eu ia explodir”. Bom, a essas alturas EU já estava quase explodindo!

Mais tarde, em casa, seguimos conversando a respeito. Ele ainda muito irritado. E eu preocupada em como seria no dia seguinte. Aconselhei a conversar, se afastar e, se necessário, se defender, claro.

Por via das dúvidas, pensei em avisar no colégio, porque vá que o gorila aprontasse de novo e o Lucca reagisse? E se o gorila fosse na coordenação e tentasse passar por vítima? Pelo menos o colégio estaria ciente do que tinha acontecido antes...

No dia seguinte, às 13h15min, o Lucca me liga do colégio: “mãe, não precisa ligar pra cá, tá? Já conversamos e ele disse que não vai fazer de novo”. Será? Acabei não ligando, principalmente porque senti que ele poderia estar com medo de que a minha intervenção piorasse as coisas e ele acabasse ouvindo do gorila algo do tipo “foi chorar pra mamãezinha, é?”.

Minha única providência concreta foi ir com ele assistir a uma aula de jiu-jitsu. Na hora, ele pareceu empolgado, mas está refletindo há uma semana sobre se quer fazer ou não. Por mim, já estava matriculado! Não quero que ele saia brigando por aí, muito menos que vire um gorila! Mas de excessivamente pacífica nessa casa basta eu!

E os gorilas que se cuidem!