domingo, 17 de junho de 2012

Criando e aprendendo


Como já havia comentado no post anterior, a psicóloga Solanger veio algumas vezes aqui em casa. Numa das vezes foi para nos ajudar a resolver o problema da ´´corrida da comida``.

Chega um momento que nossos bebês, já não tão pequenos e obedientes, resolvem, sempre na hora da refeição, dar uma banda pela casa. A mãe, coitada, fica correndo com uma colher de comida atrás daquela pequena criaturinha meiga que dá risadas se divertindo da situação. Se comer no cadeirão já dá sujeira, imagina ter que equilibrar uma colher de papinha sem tropeçar nos brinquedos jogados pela casa. Tarefa difícil, além de muito cansativa. 


A Duda ainda tinha outro probleminha de ´´ronda``. Ficava rondando a gaveta das guloseimas pedindo, logo que acordava, chocolate e balinhas. Claro que ela sempre obtinha um ´´não`` como resposta. E a forma de ela demonstrar seus descontentamento era se jogando no chão com acessos de cólera. 


Antes de ter filho, eu enchia a boca para falar ´´meus filhos jamais vão se jogar no chão e ter esse tipo de acesso de raiva`` isso é pai que não sabe educar um filho``. Como a gente pensa besteira antes de ser mãe. 

Aprendi que ter acesso de cólera, gritar e espernear, vem no incluído em todo pacote filho. Mas os pais tem que saber domar essa ferinha que está querendo mostrar suas garras, é o chamado ´´teste`` que os filhos depois dos 2 anos insistem em fazer com os pais.

Minha dúvida principal era, o que fazer diante de uma cena dessas, deixar a criança chorando e esperneando no chão e se fingir de morta ou coloca-la de castigo?
Nenhuma das opções acima. Segundo a Solanger, deixar a criança tendo o acesso de fúria sozinha é um erro. A criança, mesmo que inconscientemente, pede limites, portanto, devemos ser firmes, tirar a criança do chão, segurando ela no colo (isso vai te exigir força) e retirar ela daquele ambiente, sempre explicando os motivos de sua posição em não dar o que ela quer. Essa atitude dos pais passa segurança ao mesmo tempo que impõe limite. É mais ou menos assim, a criança pensa ´´opa, meus pais são de verdade, não são ratos!``


A outra dica, foi para a ´´corrida da comida``. Se a criança não quiser comer no cadeirão ou na mesa, a mãe não deve ficar correndo atrás feito uma pateta. Sempre que ela sair da mesa, terá que ficar sem comer e esperar até a próxima refeição. Confesso que essa parte nunca consegui por em prática, acho muito cruel. 

Não foram poucas as vezes que eu passei horas na cozinha e a Duda nem sequer provou a comida. Claro que logo depois ela me pedia ou bolacha, ou uma mamadeira, e eu sempre dei. Negar comida à um filho é complicado. Mas a questão comida foi se resolvendo aos poucos. Qual mãe já não correu atrás de seu filho com uma colher na mão? A Duda hoje come sozinha, mas logo sei que a maratona vai voltar, suspeito que o João será um corredor nato.

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