segunda-feira, 18 de junho de 2012

Meus bebês

Por Caroline Bittencourt

Mês que vem faço 33 anos. Nessa idade, o relógio biológico costuma estar a mil, instinto materno bombando, mulherada enlouquecida pra ser mãe.

É o caso da maioria das minhas amigas: ou recém tiveram bebê, ou estão grávidas, ou estão tentando engravidar.

E eu? Bom, digamos que estou em outra fase. Meus “bebês” fazem 11 e 18 ainda este ano.  A rotina é outra, as situações, os dilemas, as dificuldades, as compensações, é tudo diferente.

Esses dias fui com o Lucca encontrar minhas amigas Grazi e Alícia e suas respectivas e fofíssimas bebês, Beatriz e Martina. Depois de ter apresentado o Lucca pra todo mundo como “meu bebê”, tomei uma chamada daquelas (“se tu me chamar de bebê mais uma vez, eu vou querer ir embora”). Opa, bola fora minha. Era pra ser só uma brincadeira, todo mundo entendeu, mas ele já é um pré-adolescente e qualquer referência infantil que ELE entenda inadequada é um micão.

E a Mari, então? Chegou do intercâmbio, está fazendo cursinho, pesquisando sobre profissões e tal. Ainda é adolescente, mas por pouco tempo.

Numa mesma conversa com uma amiga, falamos sobre as creches que ela está conhecendo pra matricular a filha dela e sobre as universidades pra onde talvez a minha filha vá.

Confesso que de vez em quando fico imaginando como seria se tivesse um bebezinho em casa de novo, como seria engravidar adulta, como seria ter um filho com o Iuri... Mas os devaneios não chegam à página dois. Cuido de criança desde os 15 anos, e agora que eles estão grandes e cada vez mais independentes, eu lá vou querer recomeçar?

Se um de nós dois não tivesse filho ainda, com certeza já teríamos tido um nosso. Mas além dos meus, tem o dele, já com 14 anos, ou seja, ele está na mesma situação.

Agora é hora de trabalhar, conquistar e aproveitar as conquistas. É hora de namorar e viajar quando der. E é hora de curtir meus bebês, que esse prazer não acaba nunca =)

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