quinta-feira, 7 de junho de 2012

O que muda

Por Ana Emília Cardoso

Quem me viu, quem me vê mãe, não acredita que sou a mesma pessoa. E sem rivotril, juro. Estou a calma em pessoa.

Eu sou uma pessoa cheia de frases, lemas e jargões que servem de muletas para minha opiniões. Uma delas, que usei por anos era que ~ o primeiro mês de vida de um bebê era tão cansativo que equivalia a uns dez anos. Pois bem, essa frase não faz mais o menor sentido pra mim. Vejo os dias passando e me dá até certa nostalgia. Dá pra congelar o tempo?

Eu não fico mais naquela angústia de que a bebê sente, fale, ande e aprenda a escrever o nome (sim, a louca aqui começou a rabiscar letras em areias de pracinha quando a Anita tinha uns 5 meses).

Agora, tudo que eu quero é que elas brinquem, sejam felizes, não fiquem doentes e que a Aurora não acorde tanto pra mamar à noite. Acho que a culpa é do aquecedor que resseca muito o ar. Hoje vou botar uma bacia de água perto pra ver se melhora.

As últimas 3 noites (frias e com aquecedor ligado) ela acordou 3 vezes pra mamar. Chega uma hora que eu não tenho mais leite, óbvio. E aí, outra coisa mudou na minha cabeça: se eu não der conta do recado, vou dar NAN e pronto, sem me crucificar.

Acho que eu preferiria uma cadeira elétrica a dar mamadeira pra Anita antes dos 6 meses. Agora, sei lá, vou amamentar, é claro, mas se tiver que dar um chazinho ou um nanzinho de vez em quando, vou dormir bem sem culpa, pesado e roncando (porque se precisei da mamadeira, é pq eu tava podre).

Até já encomendei mamadeiras Avent pra uma amiga que foi à Riveira, como fazem 100% das minhas amigas gaúchas.

O sling também é um santo aliado. Com ele, não tem insônia infantil. Entrou ali (de pancinha cheia), capotou. É ótimo, saio com ela todo dia ali dentro, bem protegida das mãos e dos beijos dos estranhos e conhecidos da rua. Hey, strangers, nós, mães de recém-nascidos odiamos sua mania de pegar nas mãozinhas e querer beijá-los. Eu não deixo, prefiro arrumar briga do que contaminar minha bebezinha.

A única coisa que não mudou é a dor nas costas. Lembro de uma amiga da minha sogra, a Eni, que foi ao médico um mês depois de ter sua filha Luísa. Ele perguntou: Onde dói? E ela: Dói mais as costas, mas pra falar a verdade, acho que sinto dor em cada célula do meu corpo!


2 comentários:

  1. Tamu junto Ana!!!O segundo filho é sem stress, pra que deixar a criança chorando até a teta chegar em casa, dá um nanzinho e fica todo mundo feliz. A pediatra do João falou pra eu não ficar fazendo isso porque ele poderia querer só a mamadeira depois, mas acho q isso é raro de acontecer, eles preferem o peito sempre. O João até toma um nanzinho de vez enquando, não todo dia, umas 3 vezes na semana no máximo, mas ele prefere 100% o peito. E as pessoas sem noção cheia de dedos, eu fico pasma. Ontem mesmo eu e o João fazendo umas comprinhas no super entre muitos tchauzinhos e elogios, principalmente dos idosos, uma sem noção pegou nas bochechas do João quase enfiando a mão na sua boca. Louca de pedra! Vou comprar uma placa da próxima vez e empindurar no carrinho CUIDADO COM O CÃO!

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    1. Eu to até meio paranóica, só saio de carrinho com plástico pra ngn botar a mão!

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