terça-feira, 1 de maio de 2012

Flavinha, que embala o Matheus Nassif

A vida seguia naquela loucura! Sempre foi assim.

Lembro de estar terminando o colégio e parar com o Manual do Candidato ao vestibular da UFRGS na mão. Comecei a ler as opções de cursos e  riscar aquelas inviáveis.

Não posso ver sangue. Descartei medicina, veterinária e enfermagem. Odeio matemática, física e química.  E lá se foram as engenharias, ciências econômicas, computação e coisas do gênero. No final, restaram: Direito, Comunicação Social e Educação Física. A última opção foi descartada logo que fui visitar a sala de anatomia, onde algumas cadeiras da faculdade seriam realizadas. Vi aquele corpo na maca, o cheiro forte de formol, tudo foi ficando preto e acordei em uma sala certa de que eu não teria capacidade de concluir o curso de educação física.

Com o Direito foi diferente. Fui fazer um "estágio" com os meus pais que trabalham na justiça. No final da primeira semana, algumas Varas começaram a ligar perguntando sobre os processos.  Minha mãe não entendeu, pois eu já havia entregue... Sim entreguei. No cartório errado. Troquei tudo. Aquele monte de patricinhas me deixava louca. Homens de sapato me davam nos nervos.  Eu jamais conseguiria me fantasiar daquela forma.  

Eu tinha uns 14 anos quando comecei a colocar som na SAAS. Sociedade dos Amigos do Arroio do Sal. Botava som no verão, quando o Eduardo Santos, que era o DJ oficial não podia tocar. Eu  tinha autorização do meu pai e do juizado para entrar na festa que começava às 00hs!

Passei no vestibular de Publicidade e Propaganda na PUCRS. Era o mais concorrido dos três cursos da Comunicação e essa seria a única maneira de trocar de curso, sem encarar o vestibular, caso  não gostasse do curso e resolvesse trocar por outro.    

Nessa época eu ja estava fazendo estágio na Rádio Ipanema Fm (do Grupo Bandeirantes), em seguida entrei para a  TVE.  Fui para a Rádio Pop Rock e logo comecei a fazer freela na RBSTV. Tive  que trocar para o Jornalismo, em função da TV.     

Os anos foram passando e fui deixando a vida me levar. A única coisa que era certa é que eu não poderia ser mãe. Isso já estava superado. Fiquei sabendo ainda adolescente. Minha menstruação  vinha de 3 em 3 meses (quando vinha). Por isso eu tomava pílula.     

Se eu tinha algum trauma por não poder ser mãe? Nenhum. Não conseguia me imaginar cuidando de uma criança. Nunca consegui. Podia ser até por uma defesa. Mas eu sempre curti minha  liberdade e minha “insanidade”.    

O Everton eu conheci na rua. Ele estava com um amigo meu. Eu não prestava mais atenção em nenhuma palavra que o Róbson falava. Só ficava olhando para o Everton e pensando: é o homem  da minha vida. E era. Em 3 meses a gente estava casado. Em 2 anos e meio eu estava grávida. Grávida? Eu? Grávida? Sim.

Meu nome é Flávia. Descobri que estava grávida aos 30 anos. Foi o maior choque da minha vida. Foi nesse dia que tudo começou!      

QUEM SOU EU?
hehehhehehehe
Flávia Murr Jornalista, Publicitária, Radialista, Mãe do Matheus Nassif de 5 anos, dona de casa e Loka! Nas últimas semanas deixei de ser dona de casa pq voltei para a casa da minha mãe!!! Tenho 35 anos e estou na pista! Estou muuuito feliz assim. Já casei nessa encarnação e agora quero ser feliz. Nada de namoridos, maridos ou encostos!

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