segunda-feira, 28 de maio de 2012

Nasce um irmão, nasce a culpa

por Ana Emília Cardoso

Ouvi esta frase de uma mãe de gêmeas ontem, que me explicava quão mal se sentia quando estava com uma bebê no colo e a outra levantava os bracinhos. Nada mais pertinente ao meu 'mood' de ontem. Defina culpa: Ana Emília.

A Anita está péssima, chora na escola, se afastou da gente. E ontem, e só ontem, me caiu a ficha. Eu ando tão in love com a Aurora que chego a me culpar inclusive por não ter sido assim, tão amorosa e paciente com a Anita.

O resultado disso são lágrimas. Muitas. Felizmente não sou a única a sentir essas coisas. Hoje recebi a visita das fadas madrinhas, não, das três rainhas magas (Tete, Sica e Soraya), umas vizinhas ótimas que eu tenho, que me ajudaram a entender isso. Sim, elas também sofreram (e ainda sofrem) da tal culpa do segundo filho. Como já são escoladas, trouxeram presentes para Anita e foram solidárias na minha dor. Deram até um prazo pra passar: dizem que em um mês tudo isso será bem abrandado.

Lembro de uma amiga de Floripa que falava que primeiro filho doía. No caso dela, era um menino, e o pai visivelmente gostava mais e era mais tolerante com os outros dois filhos, uma menina e um menino. Acho que o homem, às vezes, tem ciúmes da mulher com o primogênito.

Hoje nasceu a Malu, irmã da Duda e da Carol, amigas da Anita. A Duda também tá em crise, e eu e a Dani, mãe delas, estamos pensando em fazer um grupo com elas, com um psicóloga intermediando. Bem é verdade que quem tá precisando de psicóloga agora sou eu. Mas, vai passar... se não passar, eu conto aqui.

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