domingo, 6 de maio de 2012

O segundo filho


Eu sempre admirei quando via uma mãe com três filhos. Hoje então que sou mãe de dois imagino que, ou o terceiro filho foi ´´acidente`` ou essa mulher deve ser uma santa mesmo.

 Quando estava esperando o João, ficava prevendo os acontecimentos futuros entre ele e sua irmã, os dois se conhecendo, o primeiro olhar da Maria sobre o irmão, qual seria a reação dela após o primeiro impacto de ver que ela já não era mais o centro das atenções. Imaginava ela segurando ele no colo, ela chegando da escolinha cheia de bactérias nas mãos e eu correndo com ela para o  banheiro antes que ela colocasse a mão no irmão e lhe transmitisse uma virose.

 E fui mais longe. Imaginava eles brincando, correndo, aprontando, sendo grandes amigos, brigando (porque irmãos brigam muito quando pequenos, pelo menos eu e a minha irmã nos pegávamos todo dia), durante os nove meses imaginei muita coisa.

 Muitas coisas já aconteceram como eu previa, outras não. Eu tinha como certo que minha grande batalha seria à noite, quando o João estivesse chorando, certamente a Maria iria acordar com o choro e eu ia me escabelar com os dois acordados na madrugada. Eu e o Alexandre até tínhamos combinado uma tática, ele iria só cuidar a Maria, caso ela acordasse, e eu o João.

 Passado dois meses do nascimento do meu bebê, nunca ouve uma noite sequer que o choro dele acordasse a Duda, e olha que toda a noite tem baile aqui em casa com direito à after em algumas manhãs. A Maria nem bola, segue no seu leito tranquila e serena, eu acho que isso só pode ser coisa divina porque até ´´ontem`` ela acordava com qualquer barulhinho e agora dorme feito pedra.

 Mas o problema que eu não tenho à noite, eu tenho de dia. O João é um bebê super sensível a qualquer barulho. Como todos os bebês, fica muito irritado se não consegue dormir. A Maria, no auge dos seus 3 anos e meio, está numa fase que por mais que eu avise ela que não pode falar alto, gritar, que tem que respeitar quando o mano está mamando e vai dormir, ela não consegue cumprir, por mais que ela tente. É a fase que ela tá soltando todos os bichos de dentro dela, correr e gritar é algo que faz parte dessa fase que ela tá vivendo e eu tento entender sempre que minha paciência permite. Não é fácil, mas é bom e eu recomendo que todos tenham o segundo filho, só certifique-se se você tem um bom companheiro do lado, daqueles que acordam na madrugada, que embale, troque fraldas, saiba dar banho e etc, caso contrário, procure uma babá que durma no emprego ou troque de marido, mas não deixe de ter o segundo filho.








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